Os profissionais contratados em regime de seis dias de serviço por uma folga na semana seriam os menos interessados no fim deste modelo utilizado no Brasil, especialmente no setor de serviços e no varejo.
Pelo menos, este é o resultado da análise da proposta, por parte da área jurídica do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas), alinhando-se ao posicionamento contrário de alcance nacional por parte das entidades do setor.
A proposta em trâmite tem como argumento o fato de aos trabalhadores restar pouco tempo para a vida em família e no lazer, pois conforme é estabelecido atualmente, praticamente os contratados repousam o suficiente para voltar ao trabalho, favorecendo o acúmulo de capital.
No entanto, de acordo com o estudo divulgado ontem pelo presidente do Sindilojas, Paulo Motta, representando 12 mil empresários filiados, ficariam ameaçados os postos de trabalho, totalizando hoje 124 mil comerciários, e então, os prejuízos seriam incalculáveis.
-Isto é uma completa loucura, gerar desemprego, prejudicar a classe trabalhadora e onerar o custo do trabalho – critica Paulo Motta.
Segundo o dirigente de 76 anos, o “escore” não importa se “6×1, 5×2 ou 4×3”, pois resta verificar o tamanho da irresponsabilidade, pois conforme Paulo Motta, “o próprio trabalhador perderá seu emprego e terá a renda diminuída pois dificilmente os lojistas terão como propor melhorias salariais”.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), ao reduzir as jornadas semanais, pode prejudicar o principal objetivo da mecánica de mercado, pois a extração dos excedentes em horas de trabalho permite ao lojista alcançar a tão propalada “prosperidade de- vido aos lucros.